CRIANÇAS PREVEJA O IMPREVISTO



O movimento de crianças na via pública aumenta, pelo que os condutores se irão confrontar, mais frequentemente, com estes utentes que, pelas suas características psicofisiologias, potenciam situações de risco acrescido.
Muitos milhares de crianças iniciam a sua vida escolar e a maior parte delas terão que percorrer o trajeto casa/escola/casa sozinhas ou em grupo, sem a companhia de qualquer adulto.
Nas crianças de 6 e 7 anos não se encontram ainda suficientemente desenvolvidas algumas capacidades importantes, em termos de segurança rodoviária




Todos os dias, 12 crianças sofrem um acidente de viação em Portugal, segundo dados divulgados pela Associação para a Promoção da Segurança Infantil (APSI), que salienta uma redução para quase metade dos casos registados nos últimos anos.
Os números que envolvem crianças e acidentes rodoviários “são assustadores”: Entre 1998 e 2011, morreram 1.020 crianças e quase 84.500 ficaram feridas,.
Mas nem tudo são más notícias e as estatísticas apontam para uma redução "significativa" de menores vítimas de acidentes rodoviários desde 1998, ano em que a APSI começou a compilar os dados disponibilizados pela Autoridade Nacional Rodoviária (ANR).
Entre 1998 e 2000, morreram todos os meses mais de 11 crianças nas estradas (média anual de 140 crianças). Quase dez anos depois, no triénio de 2007/2009, o número de mortes desceu para três por mês (morreram 38 crianças por ano). Atualmente, são menos de duas por mês, segundo a média de 2010 e 2011, que ronda as 21 mortes anuais.
Fonte: Jornal Sol





Nas crianças de 6 e 7 anos não se encontram ainda suficientemente desenvolvidas algumas capacidades importantes, em termos de segurança rodoviária, pelo que:
·  Têm uma apreciação insuficiente das distâncias, das velocidades e do tempo;
·  Têm menor capacidade para reconhecer o perigo;
·  Demoram cerca de quatro segundos a distinguir se um veículo está a circular ou parado;
·  Têm dificuldade em distinguir o “ver” do “ser visto”;
·  Confundem os conceitos de “volume” e “distância” – um automóvel pesado parece-lhes sempre mais próximo do que um ligeiro;
·  Têm dificuldade em detetar a proveniência dos sons e só reagem a um de cada vez;
·  Não têm noção da distância que um veículo tem de percorrer até parar;
· Têm um campo visual mais reduzido do que os adultos;  Devido à sua menor estatura, não conseguem ver além dos veículos estacionados e os condutores têm dificuldade em as visualizar;
· Não têm noção da dinâmica do trânsito em que as situações se alteram continuamente;
 · Têm, ainda, uma grande impulsividade e espontaneidade, próprias da idade, que as coloca frequentemente em situação de risco.
· Estas características originam comportamentos imprevistos que os condutores devem prever, antecipando-se a eventuais situações de conflito, nomeadamente através da redução da velocidade, sempre que percecionem a presença de crianças na via pública. Só assim, numa situação potencialmente perigosa, é possível agir atempadamente e em segurança sem pôr em risco a vida de uma criança. 



  Atenção
· Atrás de uma bola pode aparecer uma criança, mas, atenção, nem todas as crianças que aparecem subitamente na faixa de rodagem vêm precedidas de aviso!
· Não circule demasiado perto de uma fila de veículos estacionados, pois de entre eles pode surgir uma criança;
·  Antes de iniciar uma marcha-atrás certifique-se, saindo do veículo, se necessário, que nenhuma criança está atrás dele;
·  Reduza sempre a velocidade em locais onde existam crianças, particularmente perto de escolas, parques infantis e zonas residenciais;
·   Ao cruzar ou ultrapassar um veículo de transporte público parado para saída ou entrada de passageiros, reduza a velocidade, pois pode surgir um peão a atravessar inadvertidamente pela frente do veículo ;
· Com chuva, os peões, e, sobretudo as crianças, têm tendência para andar mais depressa ou mesmo correr, levar chapéu-de-chuva muito inclinada ou a cabeça baixa, o que lhes dificulta a visibilidade. Esteja preparado para as situações.


A CRIANÇA NÃO É UM ADULTO PEQUENO

· Até cerca dos 12 anos qualquer criança tem dificuldade em integrar-se, com segurança, no sistema de circulação rodoviário
·  Compete  ao adulto a tarefa de ensinar e estar atento á sua presença na via pública.






Sem comentários: